sábado, 1 de janeiro de 2011

A ESTRELA E A POESIA





A ESTRELA E A POESIA


Foi lá, no belo céu daquele Norte,
Que uma estrela quis fazer morada.
Junto à poesia que a fez aprisionada,
Tecendo em versos a mais linda sorte!

Feito magia que do peito escorre,
Fluindo em ondas encantamentos,
Transpondo os ares em doces lamentos,
Ao som divino de um perfeito acorde!

Então a estrela que a estremecer se agita
Guarda no peito uma condenação.
Pressente os riscos da atração bendita,
Que se alteia em vagos voos de ilusão.

E a brisa passa, sussurrando alívio,
Enquanto tudo só anuncia dores.
Empresta vívidas e mais lindas cores,
Ornando o mágico e perfeito idílio!

Da dimensão que a tudo isto assiste,
A pobre estrela se prendeu cativa.
                  Tornou-se escrava desta sina triste                      
E na POESIA seu AMAR persiste.  
 
       

                 (Sandra Sarmento )                          
   
   

   

   

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

FLORES DA PRIMAVERA

(FOTO: ANDRA VALLADARES)


FLORES DA PRIMAVERA


Vêm distraídas,de mãos unidas,
 Viçosas, lindas de se olhar!
 Por entre as flores multicolores,
 Duas meninas em seu folgar...

 Na aura ingênua da inocência,
 É puro encanto de se notar!
 Por entre as flores, são dois penhores,
 Que a vida esmera em recriar...

 Vivem o tempo pleno da vida,
 Onde a alegria teima em morar.
 Por entre as flores, são dois primores,
 Dois lindos sonhos a se formar!

 No instante, ao vê-las, puras, serenas...
 Juro ver fadas rindo a brincar!
 Por entre as flores, cheias de cores,
 Que a primavera veio acordar!...


(Sandra Sarmento)





    

terça-feira, 21 de setembro de 2010

MINH'ALMA


MINH´ALMA


Minh'alma louca
de asas soltas,
voa imprecisa
a viajar...
Em vagos ecos
de incertos versos,
em desatinos,
a te buscar.

Minh'alma evola,
na vã demora
desta desdita
de teu amar.
Ah! Quantos sonhos
me vi tecendo
e o vil destino,
a derrotar.

Teimosa rosa,
frágil, amorosa,
que o vento sopra
a desfolhar...
Entrego ao tempo
os meus lamentos,
amargos prantos
de meu olhar.

Quem sabe um dia
minh'alma ria
e Deus decida,
desta agonia,
me libertar?!

(Sandra Sarmento)